quinta-feira, 9 de julho de 2009

Problemas Cognitivos na Construção da Escrita da Linguagem

Entendermos como a criança passa de dados conhecimentos para outro estado maior de nível de conhecimento. É de grande ajuda para podermos alfabetizarmos nossas crianças com mais segurança para um real aprendizado. Sabendo diagnósticar possíveis dificuldades cognitivas do aluno em sua representação alfabética da linguagem e suas pertubações ou desequilíbrio neste processo. Quando a criança começa a confundir-se em várias hipóteses de escrita. ela redige, por exemplo, certa palavra M-O-L-A , depois a reescreve trocando a letra M por B. Estabelecendo um conflito em seu nível pré-alfabético, cabendo o profissional de educação observar e classificar em qual nível o seu aluno se encontra : pré-silábico, silábico e alfabético. No primeiro a criança não sabe o que é letra e número. Esta ainda, busca a correspondência entre a pauta sonora de uma determinada palavra e sua respectiva escrita se encontram num estágio de "pertubação alfabética". As representações de símbolos não-icônicos, ou seja, que não tem representação singular apenas traços , pauzinhos e bolinhas. Após desenvolverem a destinção entre as formas graficamente diferentes começam os problemas de classificação. No segundo caso, os pequeninos começam a ter uma dimensão de sílaba com ou sem valor sonoro convencional. No terceiro nível ela caminha para a alfabetização tendo domínio da escrita formando as sílabas com valor sonoro. entre esses níveis pré-salfabéticos existem muitos problemas cognitivos a se destacarem: hipótese de quantidade mínima; tematização; hipótese silábica; e variação interna.
A hipótese de quantidade mínima quando a criança passa a ser representado o nome de um objeto em uma única letra ou por uma sequência. Sendo repetidas duas ou três vezes conforme a quantidade de objetos apresentados ou sugeridos em determinada situação. Quando começam escrevendo um nome no singular A-O (carro) e em seguida escrevem seu plural A-O / A-O / A-O ( 3 caros ) . Repetindo três vezes o jogo de letras que representam o nome no singular. Mostrando ter uma noção de quantidade ao perceber que para escrever uma certa quantidade de objetos ela terá que aumentar a quantidade de letras escritas.
A tematização implica em uma tomada de consciência de um conhecimento para avançar em outro, ou seja, o que a criança sabia antes , ela pode transformar num novo elemento para avançar no seu conhecimento. Por exemplo, ao aprender uma sílaba o alfabetizando desencadeia um processo indivídual de compreensão de partes de um nome, e depois passa para o todo da escrita. Repetindo sílabas, saltando letras, tomando mais de uma sílaba por vez para chegar ao final; ou contando objetos repetem nomes de números, saltando objetos ou deixando alguns de lado para chegar no número final almejado.
A hipótese silábica e quando a criança começa a perceber que determinadas palavras são constituídas de certas letras que iram fazer parte do todo. Quando esta percebe, por exemplo que seu nome compõem tantas letras diferentes quantas sílabas houver.
A variaçaõ interna quando a criança obtem uma escrita ilegível evitando repetir a letra ou grafema mais de duas vezes onde qualquer letra pode representar qualquer sílaba invertendo a sequência destas quantas vezes o seu intendimento. Um alfabetizando escreve seu nome de várias maneiras " oira/ aroi/ oair/ rioa" ( Romina) .
É importante compreendermos estas fases e dificuldades do alfabetizando para auxiliarmos seu aprendizado lingüístico e de escrita. Para fazermos a diferença nas práticas pedagógicas de ensino alfabetizador nas escolas.
Fonte:
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo. 18.ed, São Paulo; Cortez, 2007. (p. 9-20)

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